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quinta-feira, 31 de maio de 2012

O brilho do rubi

Maio está se findando e com ele a faculdade também. 

Com o TCC descobri que não sou apenas apaixonada por fotografias, é muito mais que um hobby, é o que eu quero fazer na minha vida. Quero muito comprar um equipamento, que pelo menos dê pra ir treinando minhas habilidades.

Planos? Tenho muitos. A começar por arrumar um emprego, de preferência por aqui mesmo, preciso fazer meu pé de meia, né? Além de amadurecer melhor minhas ideias. Quero fazer uma boa pós em uma faculdade conceituada, estudar fotografia, fazer quem sabe aquela faculdade de maquiagem profissional (um sonho!). Ter aquele emprego, que almejo desde criancinha. Não vou mencionar onde e o quê, pois quem me conhece sabe, e sabe também que eu vou correr muito atrás desse sonho.

Vontades eu tenho, e muitas! Quero ir para uma cidade grande, talvez São Paulo, Campinas, Americana... ou talvez ir embora pro Matogrosso de Deus! Sei que Ele está preparando o que for melhor para mim.

Eu não estou apenas terminando o curso de Jornalismo, estou encerrando um ciclo. É bom saber que vou entrar numa nova etapa de vida. Mesmo com somente 21 anos, sinto que estou mais madura, mais preparada para enfrentar o que vem pela frente. Quando olho para trás e vejo tudo que passei para chegar até aqui me sinto vitoriosa.

Acho que, depois de tantas tristezas e decepções, que não preciso mencionar, chegou o tempo de me abrir para coisas novas. Tenho fé que tudo há de melhorar. O que passou já era e não volta mais. Não vou mais ficar me remoendo em histórias que não me levariam a nada. Acredito muito nesse lance de destino, que a gente constrói nossos caminhos e seleciona quem vai fazer ou não parte de nossas vidas. Tenho convicção que foi isso que eu fiz: selecionei.

Tenho uma vontade imensa de constituir família, casar e ter filhos. Penso até que sou uma raridade dessa minha geração. Quero sim uma vidinha tranquila.. Um porta-retrato na estante, de um momento feliz.

Não sou deslumbrada, tenho consciência do que sou e não duvido que vou chegar onde quero. Dinheiro é sim importante, é um detalhe da felicidade. Mas não é tudo. Conheço muita gente pobre mesmo que é muito mais feliz que a ‘elite’ que costumo, por vezes, conviver.

Quero viajar o mundo. Conhecer novos lugares e culturas. Ver gente nova, fazer amizades e coversar. Quero ver o mundo! Poder trabalhar para ter tudo que almejo. O necessário, não o absurdo. Ir à Paris, fazer um tur pela Europa... Londres... Depois ir para Dubai. Quero o diferente e o inesperado.
Mal posso esperar para realizar todos esses desejos e sonhos mais íntimos. Estou passando uma etapa que nunca irei esquecer. E digo: sozinha, superando meus limites pessoais, eu por eu mesma. Descobri quem sou. Me reinventei novamente. Sou uma pessoa mais completa. Em breve serei jornalista Natália Cardoso. E que assim seja!



Essa foto faz parte dos ensaios do meu TCC, mas essa não entrou para o livro!!! hehehe...

segunda-feira, 14 de maio de 2012

O preço da paz




Estou vivendo tempos tão difíceis para mim, nada parece dar certo. Tudo que eu julgava, seguro, fiel e verdadeiro virou fumaça. Tudo que mais quero? PAZ.

O que um dia fora sólido simplesmente desapareceu. Vai ver não era pra ser. Fiquei meses mergulhada em um mar de pensamentos, dentro de mim mesma. Acho que pelo menos aprendi a não me anular por nada nem ninguém.

Em meio à tanta reflexão interna, recalculei meus valores, priorizei algumas coisas e exclui outras da minha vida. Eu estava mesmo achando a minha PAZ.

Nunca imaginei que numa madrugada de um dia normal,  em que havíamos feito uma reuniãozinha de amigos na república, logo após a aula, onde pedimos aquela pizza de R$10,00 e compramos a cerveja em lata mais barata do serv festa, aqui perto da república, teríamos a casa invadida.

Quando todos foram embora, de madrugada, creio que aproximadamente 1h, guardei minha moto no fundo de casa, como faço todos os dias. Tudo absolutamente normal. Entrei para meu quarto, liguei o netbook e fiquei até altas horas na internet, twittando e facebukando, sustentando meus vícios digitais. Minha amiga estava na sala, vendo os programas da madrugada, da TV aberta. Tudo como todos os outros dias.

Madrugada essa que nunca vou me esquecer. Dormia como um anjo, até sonhei com... barulhos. Barulhos? Sim, mas não eram sonhos. Era minha casa sendo invadida por um ladrão gatuno. Ele estava no quarto da minha amiga, quando ela acordou e foi surpreendida por ele, que mandava calar a boca. Lógico que ela gritou. Gritos, gritos e correria. Momentos de pavor.

Abri a porta, achando que aquilo não passava de mais um delírio meu. As meninas corriam e gritavam. ‘É ladrão’!. Trancamo-nos, em questão de segundos, no meu quarto. Apenas uma trava vagabunda nos separava do ‘perigo’. Apenas um celular em mãos e muito medo. Quando vi estávamos as três em minha cama, tremendo e chorando, tentando tomar a decisão mais sensata: chamar a polícia.

Foram esses os minutos mais eternos da minha vida. O medo me deu uma coragem, que creio, saiu das profundezas da minha alma. Tenho grande convicção de que meus anjos da guarda estavam ali comigo naquele momento, me dando coragem, forças e discernimento. Ouvíamos barulhos que nos davam a certeza: ele ainda estava lá.

A polícia chegara. Jogamos a chave pela janela, naquela escuridão. Eles entraram. Somente a lanterna azulada dos policiais iluminava o ambiente. Pavor.

Abrimos a porta do quarto e saímos, calculando prejuízos e ligando para a família. Um amigo muito prestativo veio nos fazer companhia neste momento de tanta insegurança.

Telhado sem forro, de um pequeno corredor que dá acesso ao banheiro. Apenas três ou quatro telhas tiradas cuidadosamente e empilhadas, um vão pequeno e uma habilidade enorme. De pés descalços ele nos tirou algo tão precioso que tínhamos: nossa segurança.

Nunca imaginei que um dia fossemos passar por essa experiência, que julgo uma das mais traumáticas da minha vida. Agora as medidas de segurança já estão sendo tomadas.

É difícil esquecer os ruídos que me acordaram naquela noite, os gritos de medo e desespero das minhas amigas, meu coração disparado e as pernas trêmulas.

Sempre pensei que o lugar mais seguro que existe fosse a casa da gente, o quarto da gente. E em um momento tão íntimo e ‘puro’ do ser humano, durante seu sono, ser surpreendido por um meliante! 


Me pergunto: Onde vamos parar? Estamos falando de uma cidade do interior que é pólo universitário!!! Indignação, esta é a palavra!!!

Acho que só com o tempo iremos esquecer este pesadelo e conseguir voltar a dormir em paz.


Uma das medidas de segurança foi a adoção da vira-lata Loretta, agora nossa cão de guarda. Ela será treinada para se tornar um vira-lata raivoso!