Por alguns instantes fui
formatando mil futuros em minha cabeça, mil ideias e emoções. Puff! Era como
num filme, onde tudo passa diante dos seus olhos e você fica ali fazendo uma
porção de suposições. E se, e se, e se... Não quero viver de ‘Se’.
Às vezes uma palavra tem o poder
de mudar toda uma vida, não pela palavra em si, mas pelo significado. Eu tenho
uma mania imbecil de imaginar demais de viver desses “Se” intermináveis. São
apenas milhares de possibilidades, que talvez nem vão acontecer.
Opção. Eu não quero ser mais uma
e nem criá-las. E mais do que nunca eu quero que o tempo passe, e passe...
Tenho muita coisa acumulada dentro de mim e sei que aos poucos vou me livrando
de todas. Às vezes tenho meus pensamentos tomados por todas elas, quer dizer,
na maior parte do tempo elas me tomam toda minha mente. Não raro, escorrem-me
pelos olhos, não sou tão forte assim, são gotículas de lembrança do
desnecessário, e assim, vou eliminando toda essa carga que há anos venho
carregando.
Esses porquês nunca poderão ser
respondidos, se é que existem respostas. Porquês que nunca saberei, morrei com
tantas indagações que chegam a ‘lesar-me’ a alma. Não é justo. A minha vida não
vem sendo nada justa. Não estou mais esperando tanta coisa, mas nem por isso o
suficiente vai me bastar. Chega de viver de migalhas.
Como ninguém entenderia, algumas
coisas eu só guardo pra mim. A maioria delas não passa mesmo de devaneios meus.
Eu espero é parar de ‘viajar’ tanto e começar a viver mais, a me desprender de
certas amarras que só existem na minha cabeça. Só quero que toda dor que isso
envolve se dissolva nas lágrimas, que doídas!